Quando a criança tem indicação para um acompanhamento psicoterapêutico?
Costumo dizer que é necessário avaliarmos se há algum tipo de sofrimento instalado, ou seja, que não seja esporádico ou eventual.
A criança apresenta comportamentos diversos em sua rotina familiar, escolar e social, conforme protagoniza (ou não) sua interação com o outro. Quando há a presença de algum comportamento disruptivo, inadequado ou disfuncional, percebemos que o mesmo gera sofrimento para a criança ou para os demais que com ela convivem.
São construções que o indivíduo faz ao longo da vida baseadas em suas experiências, e que se tornam “padrões” na forma pela qual se relaciona socialmente, prejudicando-a de harmonizar-se com o meio.
Nesses casos, a psicoterapia é uma intervenção imprescindível, que atuará na estrutura família/escola, apresentando novas estratégias para que tais comportamentos sejam substituídos por outros que atendam a saúde mental da criança e o bem-estar familiar, promovendo, dessa forma, também o bom relacionamento entre os pares em seu convívio social.
A criança precisa crescer e se desenvolver tendo uma base socioemocional bem consolidada para que possa evoluir a um ser adulto feliz e saudável, e é nossa função, enquanto pais, nos responsabilizarmos por isso.